quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O final do dia de uma Mãe de 3...

Tal como a maioria das mulheres, actualmente, eu trabalho. Tenho uma vida profissional intensa e de enorme responsabilidade, mas tento dar sempre o meu melhor e ser bem sucedida. No entanto, não é fácil ser mãe de 3, praticamente sozinha, e conseguir ser uma profissional de qualidade - mas acho que consigo!
O meu final de tarde, hoje, foi de loucos. Estou tão cansada - estoirada será o termo...
Na verdade, após a jornada de trabalho, começou a minha segunda actividade: ser Mãe dedicada... bom, não começou, continuou a parte da manhã...
Então: 
- saí do trabalho e fui buscar o F à escola e de seguida a Mg que sai 15 minutos depois. Não obstante algum trânsito, consegui ir buscar ambos a horas!!!
- cheguei a casa, engoli um lanche rápido, tirei roupa da máquina de lavar e coloquei na de secar, fui a correr  à mercearia comprar legumes para a sopa e saí novamente com o F;
- levei o F a uma consulta, chegámos a horas e ainda esperámos! Uma hora depois estávamos despachados;
- conduzir apressadamente para casa e chegámos!
- fazer sopa, colocar a outra metade da roupa a secar (a máquina de lavar é de 12 quilos por isso para cada máquina de lavar, são duas a secar), colocar a roupa escura a lavar - amanhã vem a empregada e quero que a passe ...
- acabei a sopa e fiz o jantar e mesa!!!!
- no final do jantar, tirar a louça da mesa e colocar na máquina de lavar louça (tive de lavar parte à mão pois era muita)...
- colocar a primeira parte da roupa escura a secar, arrumar a cozinha e está pronto;
- orientar os lanches para os meninos levarem para a escola amanhã (o pão só arranjo de manhã) e verificar as mochilas;
- tratei o dedinho do pé da Mg que está infectado por uma unha que encravou... cuidados de enfermagem feitos com precisão!!!! Antes de dormirem, verificar a medicação... uns constipados, outra com asma e uma ainda com renite...
E pronto, todos deitados para dormir e eu a cair para o lado...
No meio de toda esta azáfama ainda tive tempo para conversar sobre o dia deles, saber como foi a escola e como estão os amigos, rir com as suas brincadeiras, dizer uns quantos disparates e brincar...
Ainda sobrou tempo para ajudar e falar com amigos, verificar as redes sociais e estar presente, virtualmente, para todos...
Agora, claro que vós escrevi já deitada... quase a torcer os olhos para me manter acordada, mas feliz!
Cansada, mas muito feliz! 
Na verdade, acho que o dia de uma Mãe estica e tem mais horas que o normal, proporcionalmente à energia e amor da mãe... só pode ter mais horas...
Não podia terminar o dia sem por aqui passar e comentar este final de dia....

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Lisboa, a minha cidade!

Porquê Lisboa? Porque era a única decisão possível!
Ainda antes da separação mas na iminência da mesma decidi regressar, com os meninos, a Lisboa.
Vivia numa vila muito simpática, Benavente, onde fui bem acolhida e bem tratada, em especial os meus filhos, porém a primeira decisão que tomei foi regressar a Lisboa.
Na verdade, regressei a casa!
Caramba, nasci e cresci em Lisboa. Estudei cá, casei e vivi os primeiros anos de casamento em Lisboa. Os meus filhos nasceram cá... a minha vida decorreu toda em Lisboa até aos 34 anos embarcar na aventura do campo.
Não me arrependo dessa decisão, mas eu sou cidade! Eu sou esta cidade, transpiro urbanidade, preciso de movimento, cultura, algum ruído, em suma vida e movimento.
Por isso, foi lógica esta decisão.
Depois eu sou muito independente, gosto de viver como quero sem me sentir constrangida aos outros. A minha liberdade estava coarctada numa vila de campo...
E eu jamais poderia viver assim!
Os meus amigos??? Fiz boas amizades em Benavente, que espero sejam para vida, mas as de sempre, aquelas que me viram crescer, a quem eu nem preciso falar pois sabem o que sinto, essas estão em Lisboa, sempre estiveram e mesmo longe sempre aqui estiveram. E, na hora H disseram: estamos aqui!
Lisboa tem tudo: para mim e para os miúdos. Só não tem sossego e ainda bem!!!!
Já vivi o meu sossego... agora quero viver. 
Sentia sede de cultura. 
Esfomeada de eventos e concertos - fui a mais em 6 meses que em 6 anos. 
Esfaimada por moda e fashion lifestyle...
Estava adormecida. 
Em Lisboa acordei. Sinto-me viva! 
E os miúdos também!!!!
Já conheceram mais neste tempo do que em toda a sua vida...
Benavente foi fantástico mas eu sou cidade, sou Lisboa e aqui sinto que estou, novamente, em casa...
Mas, esta sou eu.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Procurar escolas em Lisboa

Com a separação, decidi mudar da vila onde vivia para a cidade... e escolhi a minha cidade: Lisboa (mas disso falarei noutra publicação)...
Os três andam na escola e estavam em escolas públicas (bem integrados e sem razões de queixa do ensino).
Primeira decisão a tomar em Lisboa: escola pública ou privada (atentos os preços destas, não serão seguramente opção para toda a gente). Decidimos pela escola pública.
Com efeito, estou a viver no centro de Lisboa, e as escolas públicas são excelentes e pelo que constatei muito bem posicionadas no ranking (que vale o que vale...).
A opção lógica seria uma escola a cerca de 500 metros de casa, para onde os miúdos poderiam deslocar-se a pé. 
Foi aí que tive noção das fraudes utilizadas para conseguir vaga, por exemplo, naquela escola: desde encontrar encarregados de educação por simpatia ao cúmulo de pagar: a pessoas com casa na área abrangida pela escola para serem encarregados de educação ou, pasme-se, arrendar ali uma casa uns meses para ter acesso a morada!!!!!
Fiquei parva... a minha casa, a, talvez, menos de 500 metros da escola não pertence à área de residência da mesma por cerca de 100 metros... ridículo ! 
Não pactuando com estes disparates, matriculei os três no agrupamento de escolas ao lado... fui muito bem recebida pela Directora do Agrupamento que ao ver-nos (a mim e ao pai) aflitos se prontificou a ajudar e conseguimos vaga para os 3: com a morada correcta, sendo eu a encarregada de educação e sem cunha ou utilização de qualquer expediente (não sabiam, sequer, as nossas profissões). 
Estou contente com a escolha das escolas, do agrupamento e da zona. 
Por isso considero que fizemos uma boa escolha pela escola pública e estou orgulhosa por não ter pactuado com falsidades e falcatruas!