segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Ter os pais separados tem benefícios... ou, como ver sempre o copo meio cheio

Como é óbvio, sou defensora (acérrima) das famílias unidas e tradicionais...
Porém, cada vez mais nos deparamos com divórcios e separações, com famílias monoparentais, guardas conjuntas, residência partilhada e as famílias alargadas (os meus, os teus e os nossos filhos)...
Tudo está bem, para mim, se a única preocupação dos adultos for o bem estar, o são desenvolvimento e a Felicidade das crianças/adolescentes...
Estou separada. 
Tenho 3 filhos (8, 11 e 13 anos) com personalidades diferentes. 
Os meus filhos residem comigo: estão com o pai aos fim de semana de 15 em 15 dias, durante a semana quando calha, nas férias integrais do Pai e sempre que podem (pai ou filhos).
Mantenho uma relação de amizade e respeito com o pai dos meus filhos. 
A educação dos meus filhos é cuidadosamente organizada e planeada por mim e pelo pai. Falamos sempre que necessário. Há entreajuda e nunca nos negamos a estar presentes aos miúdos.
Os meus filhos estão mais felizes hoje do que estariam sem a separação. 
Vejamos os benefícios:
- estiveram 3 semanas de férias com o pai e um mês comigo (muito mais tempo acompanhados do que se os pais estivessem juntos). Isto repete-se nas férias de Natal e Páscoa.
- No Natal e aniversários, recebem prenda de cada um e passam tempo exclusivo com cada um.
- Tentamos aproveitar ao máximo cada tempo com os filhos. Optimizar, conversar, passear em dobro.
- Continuam a ver as famílias dos pais com a mesma ou maior regularidade.
Estes são os que me lembro...
Mas isto é o meu exemplo. 
Quando contámos aos meninos da separação foi um choque, claro... mas, no dia seguinte perguntei à Mi: que sentes? A sua resposta diz tudo: Mãe, se o amor acabou, é melhor assim, pois nunca vos vi discutir e não queria que começassem agora...
E é isto... é uma nova realidade que para os meus filhos foi muito positiva. Os pais são amigos e respeitam-se, a sua educação é orientada por ambos, não passa um dia sem que estejam ou falem com ambos e, no final, passam mais tempo de qualidade com qualquer um...
Nem tudo tem de ser negativo, pelo contrário.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Ser mãe, ser exemplo

Ultimamente tenho-me questionado sobre o papel de mãe. O meu papel de mãe.
Com a separação, os meus filhos estão a viver comigo, sendo a presença do pai uma constante na vida deles - felizemente! 
Porém, é inquestionável que sou a referência diária dos 3. 
Durante muito tempo achei que ser mãe era apenas providenciar pelo seu bem estar, cuidar e dar conforto... educar, estar presente, fixar limites e mimar...
Porém, ainda assim me parecia pouco...
Comecei a perceber o orgulho que os meus filhos tinham em mim. Notei que os meus gestos, as minhas tristezas e alegrias tinham reflexo directo neles...
Conforme fui recuperando a força, a alegria de viver, o bom humor e a genica que sempre me caracterizou os miúdos foram ficando mais felizes e tranquilos... 
Decidi, então, educar pelo exemplo! Apenas isso...
As nossas férias, o regresso a casa após as férias com o pai... tudo tem sido planeado por mim de forma a que percebam o que podem ser (depois contarei como...)!:
Elas: mulheres fortes, independentes, felizes, autónomas, confiantes, trabalhadoras e muito lutadoras;
Ele: também como elas, mas com uma característica que admiro em qualquer homem: respeito e reconhecimento da força das mulheres! 
Quero que os meus filhos cresçam com a consciência da força feminina.
Não sou feminista, mas acho que elas nunca devem duvidar das suas capacidades por serem mulheres e ele deve reconhecer que somos igualmente fortes e capazes. 
Um homem que respeita as mulheres será cavalheiro, respeitador, amigo e humilde, sem perder a sua masculinidade, a sua força, o seu carácter! 
E cabe a ele perceber isso e ser um Homem de verdade, e a elas caberá serem merecedoras disso...